LIDERANÇA TÁTICA E DIPLOMÁTICA X GRAFOANÁLISE

A liderança tática e diplomática consiste na prática de atuar com atitudes, ações e soluções pacíficas e produtivas para atingir os próprios objetivos.

Em uma estrutura organizacional, a diplomacia e o tato são os meios usados ​​para auxiliar na comunicação eficaz, principalmente durante as negociações e ao tentar ser persuasivo ou assertivo. É possível melhorar as conexões com os outros e promover o respeito mútuo usando a diplomacia e o tato de forma eficaz. Compreender os demais e mostrar sensibilidade aos seus pensamentos, sentimentos e opiniões são componentes-chave da diplomacia e do tato. Isso pode resultar em resultados mais positivos e comunicação menos desafiadora ou estressante.

Embora as palavras “tato” e “diplomacia” sejam frequentemente usadas de forma intercambiável, elas têm algumas diferenças sutis em seu significado. Enquanto o tato está mais relacionado à forma como nos expressamos e nos comunicamos com os outros, a diplomacia abrange um conjunto mais amplo de habilidades, incluindo negociação, mediação e gestão de relacionamentos complexos.

Podemos defini-las assim:

Diplomacia: habilidade de lidar com assuntos delicados e resolver conflitos por meios pacíficos, sem provocar hostilidade.

Tato: capacidade de se comunicar ou se comportar de maneira sensível, evitando magoar, ofender ou causar sofrimento ao outro. Em sua essência, é a arte de escolher e transmitir palavras com atenção e consideração.

Líderes que possuem diplomacia e tato tratam os outros de maneira justa, sensível e eficaz, independentemente de preconceitos ou crenças pessoais. Possuem consciência aguçada da dinâmica social e entendem como suas palavras podem impactar diferentes situações, por isso usam a discrição adequada em todas as situações, trabalhando para construir entendimento com seus funcionários e colegas.

E como identificar liderança tática e diplomática por meio da grafoanálise?

Vamos começar pelas ovais, isto é, a observação da presença das “ovais variavelmente angulosas” na escrita: são elas que revelam a capacidade de variações táticas, de adaptar o próprio estilo pessoal aos diferentes contextos.

Se em um ambiente gráfico (favorável) encontrarmos o conjunto – ovais variavelmente angulosas, escrita pequena/média, boa tonicidade, distribuição de pressão correta entre plenos e perfis, direção reta sem rigidez, mix de oscilação nas hastes e escrita, larga entre letras, fluida, divergente, proporcional, ausência de traços supérfluos, isto é, não previstos no modelo caligráfico – podemos dizer que estamos diante de uma pessoa com tendência a liderar com tato e diplomacia.  

Como podemos observar, a liderança com tato e diplomacia requer várias habilidades interpessoais, como inteligência social e bom autocontrole. É importante ressaltar que o desenvolvimento dessas habilidades é possível, podendo ser alcançado através de treinamentos, cursos, leitura de livros especializados e, principalmente, pela experiência prática em lidar com diferentes situações e pessoas, autoconsciência e um compromisso contínuo de aprimoramento.

Ao investir no desenvolvimento dessas habilidades interpessoais, os líderes podem cultivar uma liderança mais efetiva, construir relacionamentos mais fortes e promover um ambiente de trabalho positivo e colaborativo.

As etapas abaixo auxiliam no desenvolvimento dessas habilidades.

  • Pense antes de falar – seja reflexivo; fale no momento apropriado, fazendo uma pausa para considerar como suas palavras podem ser percebidas, evitando fazer comentários precipitados. 
  • Escolha suas palavras com cuidado – considere usar uma linguagem gentil e educada, com tom verbal adequado.
  • Utilize linguagem corporal favorável – faça contato visual, evite cruzar braços e apontar; faça uso de gestos mais suaves.
  • Pratique o autocontrole – nunca reaja emocionalmente; em situações adversas, dê uma pausa, empregue exercícios de respiração profunda para se recuperar. 
  • Considere o ponto de vista da outra pessoa – expressar suas próprias ideias é importante, mas você também deve entender que outra pessoa pode ver os fatos ou situações de maneira muito diferente. 

Um bom líder não é apenas capaz de formular sua visão em uma linguagem atraente, mas também fortalecê-la com valores e convicções e – o mais importante – exemplificá-la por meio de suas próprias ações.

Volto a lembrar: 

1- O conhecimento do teor de uma análise grafológica é sempre de extrema confidencialidade e responsabilidade. Deixo a observação, que inclusive sempre faço nos meus cursos e palestras desde 1994, que na folha de papel escrita existe um ser humano que merece todo o respeito, então, ofereça ao outro o mesmo cuidado e consideração que você dedica a si mesmo.

2- Ao traçar um perfil grafoanalítico, o profissional deve ter extrema precaução em não avaliar os signos isoladamente, sendo necessário confirmar as interpretações com outros elementos. Primeiramente precisa observar o conjunto para ter uma impressão geral do mesmo.  As margens devem sempre ser avaliadas: margem inicial, esquerda, direita, final (na presença de folhas subsequentes) + posição e todos os aspectos gráficos que envolvem a assinatura.

Texto escrito em 16 de julho de 2023

Autora: Elisabeth Romar – Economista, grafóloga, pesquisadora, perito grafotécnico, assessora em RH e consultora grafológica, com MBA pela PUC- RJ em Finanças Corporativas, atua com análises grafológicas para empresas (Brasil e exterior) na área de Seleção de Pessoal, Remanejamento de Cargos, Falsificação de Textos e Assinaturas, Desenvolvimento Pessoal, Avaliação por Competências, Prevenção de Risco; Orientação Vocacional/Profissional para jovens acima de 16 anos, adultos e pessoas que desejam mudar de profissão/carreira. Autora do livro “Las Inteligencias Múltiples y la Vocación en Grafología” (2011).

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