A Grafologia na Identificação do Estresse

Diversos fatores desempenham um papel importante nos níveis de estresse das pessoas, mas desde o ano de 2020 está sendo diferente. A presença da pandemia COVID-19 está causando um impacto sem precedentes na saúde mental da população.

Numerosos estudos recentes mostraram aumentos globais na predominância e gravidade da depressão e ansiedade, bem como aumentos no transtorno de estresse pós-traumático e abuso de substâncias . Esses aumentos provavelmente decorrem das mudanças na vida diária que todos nós fomos solicitados a fazer nas tentativas de mitigar a disseminação viral.

A Grafologia na Identificação do Estresse
A Grafologia na Identificação do Estresse

Você já se sentiu estressado?

O estresse (ou stress, em inglês) é uma sensação que faz parte da realidade de muitos; quase todo mundo já sentiu estresse e funciona como um mecanismo que o nosso corpo ativa para liberar nossa energia armazenada imediatamente.

Ao sentirmos estresse, hormônios como adrenalina, cortisol e norepinefrina são liberados em maior intensidade, o que prepara o nosso corpo para uma reação física para “lutar” ou “fugir”. O estresse causa diversas reações no nosso organismo, podendo ser notados tanto fisicamente como psicologicamente.

É preciso muito cuidado e identificar o mais rápido possível os sinais de estresse para que o quadro não evolua para doenças mais graves como depressão e Síndrome de Burnout.

Como o estresse é refletido na onda grafoescritural?

Na grafologia ou grafoanálise, precisamos sempre de um conjunto de signos gráficos para chegarmos a um resultado. No caso do estresse, resumidamente, podemos encontrar o seguinte conjunto de signos gráficos:

  • enervada + descendente + frouxa + tremores + ovais espetadas + direção descendente + traço que corta a letra “t” descendente + ricci dela flemma + ovais congestionadas + empastamentos + retoques.
  • o conjunto: palotes afilados + congestionamentos + 60% contorcionada é a manifestação de tendência a estresse pós-traumático.

Na grafologia é importante saber como os sintomas funcionam no organismo para entender a presença dos signos gráficos que revelam o desequilíbrio.

Como você está lidando com o estresse pandêmico?

Síndrome de Adaptação Geral – SAG

O termo estresse, com sua concepção atual, foi uma denominação do endocrinologista canadense Hans Selye (Viena 1907 – Montreal 1982 ) que o definiu como uma resposta inespecífica do corpo a qualquer demanda, independentemente de sua natureza. Esta resposta incluía uma série de reações fisiológicas que ele determinou de Síndrome de Adaptação Geral (SAG) que é composta de três fases sucessivas: alarme ou alerta, resistência e exaustão.

Como você está lidando com o estresse pandêmico?
Como você está lidando com o estresse pandêmico?

FASES DO ESTRESSE

1- Fase de Alarme ou Alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor: o organismo reconhece o estressor elaborando uma resposta orgânica rápida para o enfrentamento ativando no sistema nervoso central o hipotálamo e a hipófise com liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrópico). O ACTH estimula as glândulas suprarrenais a secretarem corticoides e adrenalina (catecolamina). As glândulas adrenais passam então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilata as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que expulsa mais hemácias para a circulação sanguínea, o que amplia a oxigenação dos tecidos) e causa imunodepressão (redução das defesas do organismo). A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de “luta” ou “fuga”. Os sinais mais comuns são taquicardia, suor nas mãos, aumento na pressão arterial, estado de alerta, mãos e/ou pés frios, boca seca, dor no estômago, diarreia passageira, insônia, batimentos cardíacos acelerados, entre outros.

2 – Fase de Resistência: se dá quando nosso organismo tenta se reequilibrar e voltar ao estado original. Aqui há uma utilização muito grande de energia, então são notáveis alguns sintomas como cansaço constante, mal estar generalizado, tontura, formigamento nas extremidades, gastrite prolongada, irritabilidade excessiva, desejo sexual diminuído e também problemas com a memória. Quando o corpo reage a fase de alerta e consegue lidar com o fator estressante, não há sequelas, porém, quando o estressor é de longa duração ou muita intensidade, a resistência vai diminuindo, o organismo se enfraquece e inicia-se a terceira fase, que é a Exaustão.

3 – Fase de Exaustão: o estímulo estressor permanece e o organismo não é capaz de adaptar-se adequadamente. Nessa fase podem surgir diversos comprometimentos físicos em forma de doença; os sinais da fase de alarme retornam mais acentuados, tornando o organismo mais vulnerável a doenças. É uma forma inteligente de o corpo avisar que não está conseguindo lidar com a carga estressante. Há exaustão física e mental, insônia, ansiedade, irritabilidade, angústia e hipersensibilidade emotiva, diarreias frequentes, dificuldades sexuais, formigamento nas extremidades, insônia, tiques nervosos, problemas de pele prolongados, tontura frequente, úlcera, pesadelos, perda do senso de humor, entre outros.

TIPOS DE ESTRESSE

Agudo

É a forma mais comum de estresse. É a reação do organismo frente a um novo desafio, é uma reação disfuncional intensa e desagradável que tem início logo após um evento extremamente traumático e dura menos de um mês. Pode ocorrer diante de notícias inesperadas como a chegada de um novo filho, o recebimento de uma notícia ruim, uma briga ou erro no trabalho ou um acidente. Geralmente são episódios isolados sem efeito persistente no organismo.

A pessoa com esse transtorno pode apresentar sintomas dissociativos. Por exemplo, ela pode se sentir emocionalmente entorpecida ou desligada de si mesma. É possível até que ela sinta que não existe.

Agudo episódico ou cumulativo

Acontece quando o estresse agudo ocorre com frequência. Algumas pessoas podem sentir os sintomas do estresse agudo com mais frequência do que outras, essas geralmente focam demais na organização e falham sempre quando se trata de desempenho. Muito observado no perfil de pessoas competitivas, muito exigentes consigo mesmas e que vivem com um sentido permanente de urgência, definidos pela impaciência, impulsividade, má gestão das emoções e às vezes até hostilidade. São padrões um tanto problemáticos de comportamento e processamento emocional.

Estresse crônico

É o estresse de longo prazo, é quando já faz parte durante as 24 horas do dia da pessoa; desde o primeiro momento que seu dia começa até a hora de dormir o organismo vai liberando doses excessivas dos hormônios do estresse e isso passa a fazer parte do estilo de vida que o indivíduo leva. Não tem manifestações emocionais tão fortes, mas provoca desgaste, destruindo o corpo e a mente. Normalmente é causado por problemas familiares constantes, casamento infeliz e carreira insatisfatória. Ocorre quando a pessoa não consegue ver saída para a situação em que vive, quando as pressões parecem ser intermináveis e ela perde o ânimo e a esperança.

Estresse pós-traumático: Esse quadro ocorre quando o indivíduo tem alguma experiência traumática, sendo vítima ou testemunha. Ao recordar o fato, o indivíduo revive as emoções como se estivesse acontecendo novamente; essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais.

E assim, nossas vidas corridas, quase sempre, nos levam a enfrentar o estresse em algum momento, seja no lado pessoal ou profissional, mas a verdade é que nos estressamos em diversas situações.

Se o estresse constante faz você se sentir desamparado, desiludido e completamente exausto, você pode estar no caminho do esgotamento. Estresse Burnout ou Síndrome de Burnout é uma situação limite onde existe estado de exaustão emocional, física e mental causado por estresse excessivo e prolongado que pode resultar em graves consequências para a sua saúde. É um desgaste que prejudica os aspectos físicos e emocionais da pessoa, levando a um esgotamento profissional.

Reconhecer que você anda estressado não é uma tarefa fácil, mas você pode notar por alterações no organismo e outros sintomas.

O que fazer para se proteger do estresse?

Em primeiro lugar, se você se identificou com os sintomas do estresse, busque ajuda terapêutica; em segundo, tem as sugestões abaixo sobre modificações na sua rotina que podem auxiliar na terapia ou como forma de se proteger.

O que fazer para se proteger do estresse?
O que fazer para se proteger do estresse?

São elas: prática de esportes, exercícios ao ar livre ou caminhadas (exercícios reduzem os hormônios do estresse – como o cortisol – a longo prazo; também é importante para liberar endorfinas, substâncias químicas que melhoram o humor e agem como analgésicos naturais); chá de erva-cidreira; óleos essenciais no ambiente, no corpo ou nas roupas de dormir (alfazema, sândalo, flor de laranjeira); ria bastante; aprenda a dizer não, respeite os seus limites; faça meditação, tome bons banhos de mar e cachoeira e não seja muito exigente consigo mesmo.

Lembre-se, é importante saber que você pode obter ajuda o mais rápido possível e que você merece melhorar. Relaxe e viva tranquilo!

Artigo: Elisabeth Romar em 17 de abril 2021.

Elisabeth Romar : consultoria grafológica para empresas na área de Seleção de Pessoal, Remanejamento de Cargos, Falsificação de Textos e Assinaturas, Desenvolvimento Pessoal, Avaliação por Competências, Previsão de Risco; Orientação Vocacional/Profissional para jovens acima de 16 anos, adultos, pessoas que desejam mudar de profissão/carreira.

Bibliografia:

Julio Cesar Filgueiras; Maria Isabel Steinherz Hippert – 1999 –
https://www.scielo.br/scielo.php?
https://www.fef.unicamp.br/fef/qvaf/mecanismo-do-estresse
Conceito Zen https://www.conceitozen.com.br/entenda-o-estresse-e-suas-3-fases

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