Suas considerações são sob uma ótica pessoal? Grafoanálise x Subjetivismo.

Você já parou para refletir se supervaloriza o próprio modo de pensar?

Hoje vou falar de um gesto grafoescritural chamado “Ricci del  Soggettivismo” que é o reflexo na escrita de uma característica da personalidade com propensão a avaliar pessoas e coisas sob uma perspectiva individual.

De acordo com o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, a tendência para considerar todas as coisas sob uma ótica pessoal chama-se SUBJETIVISMO.

Suas considerações são sob uma ótica pessoal
Perspectiva individual

Subjetivo é tudo aquilo que é próprio do sujeito ou a ele relativo. É algo que está baseado na interpretação individual, aquilo que deriva de pontos de vista, sentimentos ou opiniões próprias de um indivíduo, mas pode não ser válido para todos.

Moretti (Padre Franciscano Girolamo Moretti 1879-1963, considerado o “pai” da grafologia italiana) denomina “Ricci del  Soggettivismo quando os traços finais de uma palavra são alongados na base em linha horizontal e prosseguem com firmeza e segurança. Quando escrevemos, o espaço que deixamos entre uma palavra e a seguinte se refere à conduta das reações emocionais e as habilidades mais estritamente mentais, críticas e lógicas que podem caracterizar uma personalidade; aqui encontramos o índice da capacidade crítica da mente, entendida como o espaço concedido ao raciocínio na construção da imagem do mundo pessoal. O espaço entre uma palavra e a seguinte é o tempo que temos de reflexão entre uma ação e outra, de juízo cítrico, o tempo que concedemos para avaliar outros pontos de vista, é o lugar do raciocínio objetivo.

O Traço do subjetivismo se localiza na zona média e zona final da escrita; a zona média é a área das relações sociais, local dos interesses cotidianos, da esfera emotivo-sentimental, da vida consciente atual, do plano da racionalidade; é o reflexo da adaptação as diferentes realidades do presente, modo do comportamento social e sentimental da pessoa. A zona final é o reflexo simbólico do modo de contato com o exterior. Nos movimentos finais das letras da zona média, podemos avaliar nosso modo de ação e reação frente ao mundo circundante. A nossa escrita se dirige para a direita, vai em direção à margem direita; os traços finais, sua pressão e forma, exprimem o impulso vital da pessoa para dominar o mundo ao seu redor.

A presença do traço do subjetivismo indica que a pessoa coloca de forma afirmativa o seu próprio ego e, portanto, o seu próprio ponto de vista, no espaço destinado ao raciocínio objetivo, que é a distância entra as palavras; simbolicamente falando, coloca entre si e os outros, um muro para que não invadam o seu espaço.

Medimos sua intensidade pela frequência em que aparece no texto e pelo tamanho do seu alongamento. Quem tem esse traço em alto grau, manifesta atitudes de superioridade se coloca em um pedestal, acima dos demais, com altivez e arrogância; tendência para exaltar as próprias qualidades, opiniões, sensações e sentimentos, em detrimento da realidade.

Abaixo coloco algumas escritas como exemplo.

Volto a lembrar…

Ao traçar um perfil grafoanalítico, o profissional deve ter extrema precaução em não avaliar os signos isoladamente, sendo necessário confirmar as interpretações com outros elementos. Primeiramente precisa observar o conjunto para ter uma impressão geral do mesmo. As margens devem sempre ser avaliadas: margem inicial, esquerda, direita, final (na presença de folhas subsequentes) + posição e todos os aspectos gráficos que envolvem a assinatura.

Texto escrito em 10 de abril de 2021.

Elisabeth Romar – Análises grafológicas para empresas – Seleção e Desenvolvimento Pessoal, Orientação Vocacional/Profissional, Avaliação por competências, Previsão de Risco.

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