Os limites da Empatia

Empatia é um conceito amplo que se refere às reações cognitivas e emocionais de um indivíduo às experiências observadas de outro. Até certo ponto, estar mais sintonizado com as emoções das pessoas pode ajudá-lo a construir conexões significativas. Sem dúvida, é uma qualidade essencial para podermos nos relacionar de forma assertiva com quem nos rodeia. 

Na verdade, encontramos diferentes tipos de empatia.

TIPOS DE EMPATIA

Empatia cognitiva

Também conhecida como tomada de perspectiva, esse tipo de empatia refere-se à nossa capacidade de compreender a perspectiva da outra pessoa e identificar a maneira certa de reagir às suas emoções. Permite que você se coloque no lugar de outra pessoa, mas sem necessariamente se envolver com suas emoções. Depende de reflexão e de maior abertura para ser incorporada no dia a dia. É uma habilidade útil e importante, especialmente em negociações e para pessoas que ocupam posições de gestão.

Empatia afetiva/emocional

Atribuída a como nos sentimos em resposta às emoções de outra pessoa; é a forma de empatia que nos deixa sintonizados com o mundo emocional interno de outra pessoa. Por exemplo, se um amigo está ansioso antes de um grande evento, podemos espelhar essa ansiedade. Ela envolve autoconhecimento e autorregulação emocional.

Empatia compassiva

Esse tipo de empatia combina empatia cognitiva e afetiva; consiste em sentir preocupação por alguém, mas com um movimento adicional em direção à ação para mitigar o problema. É sentir a dor de alguém e agir para ajudar. Podemos dizer que a empatia compassiva é o tipo geralmente mais apropriado.

Hiperempatia

Curiosamente, algumas pessoas têm superabundância de empatia.  Preocupar-se excessivamente com a dor emocional dos outros sem ter as ferramentas psicológicas para administrar essa situação acaba prejudicando o próprio bem – estar.

O excesso de empatia com os outros pode resultar na incapacidade de ter empatia ou de mostrar compaixão por si mesmo. Isso ocorre quando a pessoa está muito sintonizada com as emoções de outras pessoas e as espelha na mesma intensidade, descuidando das suas próprias necessidades, dando origem a uma compaixão excessiva e consequentemente a captação de sentimentos negativos diante da dificuldade de regular as emoções. É um tipo de comportamento que acaba prejudicando o próprio bem – estar.

São sintomas de hiperempatia quando: 
  • Você tem fortes reações emocionais quando outras pessoas experimentam sentimentos negativos. Às vezes, essas reações são intensas, mesmo que você esteja apenas olhando uma foto ou um filme, e podem incluir sintomas físicos (dor de estômago, náusea). 
  • Você não é capaz de abandonar sua resposta emocional à dor de outra pessoa, mas permanece nela por horas, ou mesmo dias.
  • Você se sente sobrecarregado depois de conversar com as pessoas sobre seus problemas, porque é como se eles estivessem acontecendo com você. 
  • Você está tão focado nos problemas dos outros que negligencia cuidar de si mesmo.  
  • Você acha difícil dizer não às pessoas porque sente pena delas. Você acha difícil dizer “não”

Ser excessivamente empático pode deixá-lo deprimido, ansioso e incapaz de se concentrar em suas próprias necessidades e objetivos.

Como gerenciar a hieperempatia
  • Aumente sua autoconsciência. Para controlar a empatia excessiva, é importante ser capaz de identificar e expressar os seus próprios sentimentos. Quando você está ciente de suas próprias necessidades, será menos provável que você as negligencie para cuidar dos outros.
  • Pratique a atenção plena. Foque no que você está sentindo no momento presente, sem se julgar. Isso o ajudará a se tornar mais consciente de seus sentimentos a cada momento.
  • Concentre-se no autocuidado. Se você luta contra a hiperempatia, provavelmente cuidará dos outros antes de cuidar de si mesmo. Por isso, é extremamente importante que você priorize o autocuidado e inclua-o em sua rotina.
  • Estabeleça limites saudáveis quanto à quantidade de tempo e energia que você pode ceder aos outros. Primeiro, decida quanto tempo e energia você se sente capaz de dedicar aos outros e, ao mesmo tempo, cuidar de suas próprias necessidades. Depois de identificar seus limites, comunique-os a seus amigos e familiares e faça o possível para cumpri-los.

Pode ser difícil lidar com a hiperempatia sozinho e é completamente normal precisar de ajuda. Você pode se beneficiar trabalhando com um psicólogo ou psicoterapeuta que possa fornecer um espaço seguro para você explorar seus sentimentos. Além disso, eles podem fornecer recursos e estratégias úteis para tratar seus sintomas. 

Alguns aspectos gráficos que identificam equilíbrio da empatia 

Escrita tônica com movimento controlado/fluido/vibrante ou dinâmico, largaura proporcional entre letras, ovais variavelmente angulosas, mix de inclinação das hastes, perfil com pressão mais sútil que o pleno (delgado), ligada/agrupada, 

Destaque principalmente para 2 aspectos importantes: 

– a observação sobre os “perfis delgados”; eles falam da manifestação da sensibilidade às emoções, sentimentos e estados de espírito em relação às pessoas.  

– a largura proporcional entre letras; é a distância entre uma letra e a seguinte que nos mostra o tempo de escuta e paciência que dedicamos ao outro, é o espaço que cedemos ao interlocutor.

Volto a lembrar: 

1- O conhecimento do teor de uma análise grafológica é sempre de extrema confidencialidade e responsabilidade. Deixo a observação, que inclusive sempre faço nos meus cursos e palestras desde 1994, que na folha de papel escrita existe um ser humano que merece todo o respeito, então, ofereça ao outro o mesmo cuidado e consideração que você dedica a si mesmo.

2- Ao traçar um perfil grafoanalítico, o profissional deve ter extrema precaução em não avaliar os signos isoladamente, sendo necessário confirmar as interpretações com outros elementos. Primeiramente precisa observar o conjunto para ter uma impressão geral do mesmo.  As margens devem sempre ser avaliadas: margem inicial, esquerda, direita, final (na presença de folhas subsequentes) + posição e todos os aspectos gráficos que envolvem a assinatura. 

Texto escrito em 17 de janeiro de 2024 por 

Elisabeth Romar – Economista, Headhunter, grafóloga, assessora e consultora em Recrutamento e Seleção, com MBA pela PUC- RJ em Finanças Corporativas, atua com análises grafológicas para empresas (Brasil e exterior) na área de Seleção de Pessoal, Remanejamento de Cargos, Falsificação de Textos e Assinaturas (perícia grafotécnica), Desenvolvimento Pessoal, Avaliação por Competências, Previsão de Risco; Orientação Vocacional/Profissional para jovens acima de 16 anos, adultos e pessoas que desejam mudar de profissão/carreira. Autora do livro “Las Inteligencias Múltiples y la Vocación en Grafología” (2011).

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