DOPPI OCCHIELLI DOPPI E A INTERPRETAÇÃO GRAFOLÓGICA
É um aspecto observado pelo grafólogo Italiano Marco Marchesan (1899-1991) e tem correspondência com as leis XII, XIII, XXVIII da Psicologia da Escrita.
Entendo as leis:
Lei XII – As deformações impressas no modelo caligráfico são características da força de deformação articulada e fundida no impulso psicomotor e posteriormente grafomotor que tem poder simbolizante e alusivo a tais características, que são características do inconsciente.
Lei XIII – O modo de deformação refere-se à dinâmica da força deformante; a intensidade indica a potência com que atua a força deformante.
Lei XXVIII – O inconsciente projeta as sensações relacionadas às ideias nas letras do alfabeto, aquelas relacionadas à avaliação ou julgamento na palavra e aquelas relacionadas ao raciocínio na colocação das palavras ao lado das outras.
Entendendo o DOPPI OCCHIELLI DOPPI
O DOPPI OCCHIELLI DOPPI fala de ambiguidade. Ocorre quando dentro e no alto da oval encontramos duas ovais menores, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, com a extensão não ultrapassando 1/3 da oval, para cada uma delas, que indiferentemente poderá ser aberta ou fechada.
Se sua ocupação for acima de 1/3 da oval, então estamos na presença da escrita chamada Adornada.
A oval da esquerda, é direcionada para o próprio passado, o lugar de origem, família, autoridade, instituições e a oval do lado direito, está direcionada para o outro, o próximo, o novo, o futuro, o porvir.
O signo é significativo quando se repete muitas vezes. Se projeta na tendência de interpor entre a própria ideia (representada pela área inferior da oval) e o interlocutor, as ideias que servem de tela de proteção (dada pelos ovais pequenas no interior da oval), com a intenção de desviar a atenção do interlocutor, deslocando-a para outro objeto e, portanto, ocultando o próprio pensamento.
Nesta dupla autoproteção se reflete uma ambiguidade pela qual o sujeito, em certas ocasiões, não distingue o real do falso e acaba acreditando numa construção mental própria totalmente subjetiva. A duplicidade não se reflete no comportamento global do indivíduo, mas em uma parte de suas atitudes mentais: característica de quem recorre com facilidade à autojustificação e, assim, engana não só o próximo, mas também a si mesmo, criando confusão e gerando uma dissociação, que permanece em estado latente porque atua na área do Eu consciente.
Volto a lembrar
Ao traçar um perfil grafoanalítico, o profissional deve ter extrema precaução em não avaliar os signos isoladamente, sendo necessário confirmar as interpretações com outros elementos. Primeiramente precisa observar o conjunto para ter uma impressão geral do mesmo. As margens devem sempre ser avaliadas: margem inicial, esquerda, direita, final (na presença de folhas subsequentes) + posição e todos os aspectos gráficos que envolvem a assinatura.
Texto escrito em 27 de setembro de 2021 por
Elisabeth Romar – Autora do livro “Las Inteligencias Múltiples y la Vocación en Grafología” (2011), Economista com especialização em Finanças Corporativas pela PUC- RJ, consultora grafológica para empresas (Brasil e exterior) na área de Seleção de Pessoal, Remanejamento de Cargos, Desenvolvimento Pessoal, Avaliação por Competências, Previsão de Risco; Orientação Vocacional/Profissional por meio da escrita.
Bibliografia:
Pizzi, Antonello – Psicologia della scrittura – Interpretazione grafologica di segni e tendenze del linguaggio scritto – Armando Editore, 2007.
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