Grafopsicologia e Grafologia

 
 

“Não se nasce criativo. A criatividade é cultivada e regada regularmente com novas ideias”. Leonardo da Vinci

 

 

Inteligência e criatividade são faculdades interrelacionadas, porém distintas.

A inteligência é a capacidade de organizar e elaborar uma grande quantidade de dados, favorecendo o desenvolvimento do potencial criativo, porém não se identifica com ele: um alto QI não garante a criatividade. Uma significativa capacidade de dedução segundo as leis da lógica e da matemática, cria pensadores disciplinados, mas não necessariamente pessoas criativas, ter talento não significa que a pessoa seja gênio.
Se a inteligência é concebida como uma construção cujos limites estão descritos na sua totalidade pelos instrumentos de medição utilizados nas buscas empíricas, ou seja, se é medida como um conjunto das capacidades que contribuem para favorecer respostas corretas a perguntas de natureza verbal ou lógico-matemática, então devemos conceber a criatividade como separada da inteligência. Fornecer respostas corretas para as questões que requerem um amplo conhecimento e aplicação de regras e fórmulas, exclui a utilização de capacidades baseadas na inovação.
É verdade que as pessoas criativas nos campos da arte, ciência, matemática e literatura tendem a obter uma pontuação elevada nos testes de inteligência geral.
É característica de muitos criativos a capacidade de observar aspectos da realidade em que os indivíduos normais, ainda que dotados sobre o plano da inteligência, não os possuem.
Os inteligentes resolvem centenas de problemas no presente, o criativo pode abrir um caminho que leve à resolução de milhares de problemas, presentes e futuros.
A criatividade portanto, não consiste na capacidade de resolver problemas (problem solving), faculdade que pertence a esfera da inteligência; o criativo é dirigido para a identificação dos problemas (problem finding) muito mais do que a simples solução dos mesmos, fato que requer uma gama articulada de interesses e objetivos, junto a uma ação superiormente imaginativa.
Ela proporciona o critério de novidade com respeito a uma tradição ou disponibilidade pública de uma ideia ou objeto. Inovar significa subtrair o espaço tradicional e, para fazer isto é necessário destruir parte do que era dado como certo até agora.
Para ser criativo, é importante direcionar a própria atenção ao desenvolvimento dos próprios talentos. Graças a eles podemos dar uma visão original a nossa própria vida. Algumas pessoas no entanto, tendem a imitar a outras em vez de se perguntar: “quais são meus talentos?” É relativamente fácil imitar alguém que já tenha atingido uma determinada projeção, enquanto é difícil captar quais são nossas próprias atitudes, inclinações e recursos. As pessoas criativas tendem a escutar-se, a observar para onde dirigem sua mente afim de perceber quais ressonâncias advertem em si mesmos em resposta aos estímulos provenientes do exterior.
Estão dispostas a testar as diferentes dimensões da inteligência com o empenho de conduzir as próprias potencialidades à plena maturidade. Trata-se de um empenho contínuo, porque o caminho em direção ao aperfeiçoamento das suas próprias potencialidades é infinito. A pessoa criativa deseja fazer da própria vida uma obra de arte.
O estudo da criatividade nos tempos modernos tem sido dedicado ao desenvolvimento de ferramentas para medir as qualidades que diretamente favorecem ou permitem a expressão do próprio potencial criativo. Um grande número de métodos é utilizado com essa finalidade mostrando resultados variáveis e pouco reprodutivos. 
Um problema não menos importante na investigação sobre a criatividade é a falta de testes adequados para a medir a capacidade criativa, análogos àqueles utilizados na pesquisa sobre a inteligência. Vários testes desenvolvidos para tal, desmonstraram confiabilidade e especificidade muito modesta1.
A psicologia da escrita nos dá informações importantes para identificar com precisão as potencialidades criativas. A premissa é um bom grau de organização da escrita, seguida de um traçado tônico (Tônica-Robusta), que realiza um desenho coerente (Igual), visando à criação de um sentido (Estética).

 

 

A confiança em si mesmo

Ter fé na própria criatividade significa ter confiança nos próprios recursos (Fluída). O ductus, a condução da caneta, resulta em um fio gráfico a partir do fluxo bioenergético solto, deslizante; quem escreve deixa-se absorver por aquilo que faz, crê em si, nutre sentimentos de auto-eficácia e tem uma boa aceitação de si.

 

A fluidez é dada pela dinâmica horizontal (se não há dinamismo horizontal não há fluidez, Marchesan, Psicologia della scrittura, p. 262); ela se encontra nas tendências das três larguras que se misturam com a melodia cinética de uma escrita tendencialmente Ligada, Brincos, Divergente, Contorcionada: F = 3L + LBDC, signos que se desenvolvem na linha central, no plano horizontal, o plano da racionalidade.

 

A massa cinzenta

Em uma escrita Desligada, Aderente, Regressiva, Paralela, os processos cognitivos são produzidos em sequência, eles não operam simultaneamente; o sujeito além de não ver a solução, não vê o problema.

 

Os signos Ligada, Brincos (Saltitante), Divergente, Contorcionada (ou uma presença significativa deles) facilitam a organização e a integração da percepção, estão relacionados às áreas de associação do cérebro, envolvem mais de um sistema sensorial, coordenam a aprendizagem, a memória e o pensamento, portanto, os processos cognitivos são produzidos ao mesmo tempo,  favorecendo a uma abordagem holística, tendendo a captar conjuntos complexos.

 

O signo Ligada é a rede de conexão, Contorcionada é o “motor de busca”, Brincos é a possibilidade de alcançar um amplo número de dados distribuídos em múltiplas áreas distantes umas das outras, Divergente é o filtro seletivo que discerne os dados úteis separando-os dos supérfluos, não contextualizados.
Quanto mais estes se desenvolvem em um jogo plástico, mais a escrita é Fluída. Mas como já vimos, uma inteligência rápida não é suficiente para o sucesso no âmbito criativo.
 

A Originalidade

A criação tanto é destruição como construção.2″
A afirmação de Jung, comparada ao contexto de nossos interesses, significa que é índice de criatividade aquela escrita que uma vez adquirido o domínio do modelo padrão, reinventa os elementos de composição, reconstituindo-os com novas formas para representar-los. 
Quanto mais rica é a abertura aos estímulos, a articulação dos interesses, a expansão em horizontal (3L) e em vertical (Elevada e Enraizada), quanto mais a dialéctica dos signos LBDC se interativa,  mais a escrita não será apenas Fluída, mas também Personalizada e provavelmente Variável e Combinada, três signos cardeais da criatividade.
A escrita Personalizada positiva é sinal de convencionalismo superado, não conformismo, de ecletismo criativo devido romper com o modelo original, conservando a estética e a legibilidade.
Uma pessoa criativa é intolerante às normas e às restrições, seu desejo de superar os limites do conhecido às vezes o coloca em conflito com a sociedade; com forte Personalizada, mais de 85 cg., Fluída, Rápida, Movimentada, com brincos imprevistos, dimensão flutuante nas letras, linhas de base que se estendem em diversas direções, temos a coexistência de aspectos pouco compatíveis: espontaneidade, espírito livre, intuitivo, flexibilidade mental e comportamental, independência no comportamento e nas atitudes, tolerância, mas também domínio, introversão, sociabilidade unida a traços de anti-sociabilidade, radicalismo nos julgamentos, rejeição das constrições, traços de instabilidade e de impulsividade, desordem, rebelião, egocentrismo, oposição, e assim por diante.
A escrita extremamente Personalizada perde em clareza e legibilidade, falando apenas por si mesmo ou então quando é dada às formas pretenciosamente afetadas, forçadamente originais, chamada de excêntrica (extravagante), revelando evidentes tendências de conflitos.
Por outro lado, conservar na idade adulta o modelo caligráfico é uma indicação de adaptação às convenções sociais, limitando a expressão da criatividade. 
Evidentemente a escrita muito esmerada (precisa) e principalmente a escrita altamente controlada  e uniforme, pertencem aos indivíduos que têm dificuldades para tomar medidas além do que está estabelecido e aceito, ou seja, eles  não são inovadores, são apenas executores.3

 

Porém o excesso de racionalidade pode ser um empecilho: uma inteligência demasiadamente desenvolvida pode inibir os recursos internos do indivíduo porque sua autocrítica se torna muito rígida (micrografia com tríplice largura, contorcionada, alargamento pouco desenvolvido – indicativo de concentração sobre a racionalidade, expansão da emotividade contida devido as ovais fechadas, ausência de perfis, paralelismo axial, etc.), ou porque ele aprende rapidamente aquilo que o ambiente lhe oferece, restringindo-se aos limites da tradição.
 
 

O sentido estético

A estética é condição necessária para uma escrita Personalizada funcional. Mas qual o  significado de Estética?
A “estética” apresenta-se no campo da sensibilidade e do sentimento e a lógica está no contexto do pensamento; por esta razão que se chama “lógica da sensibilidade”.4
Por conseguinte, tem a ver com a percepção, processo através do qual o cérebro recebe e processa informações sensoriais do mundo exterior, convertendo-as em informações mais complexas que se tornam disponíveis para as funções cognitivas superiores.
Os processos perceptivos  consistem em uma representação eficaz da realidade, na capacidade de combinar e fundir diferentes percepções em uma unidade harmonica e coerente, de maneira consciente e controlada.
O sistema cinestésico compreende o conjunto de movimentos do corpo, rosto e olhos; nossos movimentos não são apenas ferramentas para executar determinadas ações, envolvem também a produção e transmissão de significados como a escrita. Logo, o sistema cinestésico se expressa no fio gráfico preto.
Os sistemas proxêmico y háptico se relacionam com a percepção, a organização e ao uso do espaço; na escrita é dado pelo espaço entre as letras, entre as palavras, linhas e margens, signos que assinalam a relação, a interação branco – preto, a interação indivíduo – ambiente.
O mundo visual que a cada instante nos deparamos quando abrimos nossos olhos – as cores, formas, movimentos e qualidades expressivas de objetos – não é apenas uma simples cópia ou reflexo do mundo físico que nos rodeia. Também é o resultado da atividade construtiva do sistema visual que, através de uma cadeia complexa de operações, processa, transforma e organiza as mensagens sensoriais recebidas. 5
O homem estético procura realizar, em si e no outro, o equilíbrio e a harmonia dos sentimentos; baseado na presente necessidade, ele obedece ao próprio sentimento da vida e da sua visão do mundo, e sua avaliação da realidade dependerá da medida em que esta última vai garantir as condições de tal existência. 6
 

A intuição e o Eu eclético

A oval representa o Eu; o traçado da oval constitui a fronteira entre o Eu e o não-Eu, entre a realidade interna e a realidade externa.
O eixo horizontal (largura) da oval é proporcional ao espaço – tempo dedicado a pensar.
A oval estreita é como olho de lince, de quem tem a intuición fulminante, irracional; a oval redonda dá a elaboração racional, o estudo e o aprofundamento; a oval dilatada, a hiperelaboração, a incubação, a sedimentação nas dimensões da fantasia.
Esperam-se alguns do primeiro grupo, muitos do segundo e alguns do terceiro. A primeira pega a idéia, a segundo reflete e a terceira a estimula. As duas primeiras fases exigem um trabalho ativo, a terceira um passivo.
Um Eu eclético possui as três; estas, se complementam,  formando a oval variavelmente angulosa (OVA), índice de inteligência social, de plasticidade comportamental.
A primeira tríplice largura  (3L = larga de letra, larga entre letras e larga entre palavras)  é formada pela oval, não por acaso que mais acima se falou de “tendência” a tríplice largura; de fato, quando estas estiverem presentes com constância matemática, adiciona algo a racionalidade, porém subtrai alguma coisa da variabilidade e da intuição.
 
A capacidade de tomar decisões intuitivas dadas pela oval estreita é um ingrediente fundamental da criatividade. Intuir significa abrir mão do controle da mente racional e confiar na visão do inconsciente.
Para decidir de forma justa, convém adicionar seus próprios sentimentos e reações viscerais: os primeiros são dados pela abertura da oval, os segundos pela tendência a angulosidade na sua base, típico das ovais estreitas.
As ovais abertas são projeção de uma extraordinária capacidade para apreciar, saborear e, portanto, uma situação psicológica extraordinária que faz a fantasia muito ativa no sentido contemplativo, reduzindo um pouco a dinâmica; elas também têm o efeito de dirigir a personalidade para atividades intelectuais não técnicas”.7
A abertura para a esquerda, em direção à origem, ativa uma sensibilidade as questões de conteúdo existencial, metafísicos.
A abertura para o alto, em direção ao céu, expande-se às inspirações criativas, a iluminação, as soluções que surgem do nada, o lampejo, o flash súbito e brilhante da inspiração que inflama, o eureka!
A abertura para a direita, em direção a outro, estimula as capacidades sensoriais em torno da pessoa. Fantasia e fantasiosidade.
 

Fantasia e fantasiosidade

A fantasia é uma atividade da mente humana realizada de forma produtiva para criar um mundo diferente daquele em que vivemos. 
A fantasiosidade é uma atividade onírica da mente humana levada a criar um mundo abstrato diferente daquele em que vivemos, para compensar, de forma contraditória, um mundo que não gostamos.
A fantasia enriquece o mundo, ao passo que a fantasiosidade traz algo apenas se estiver  integrada com a fantasia.
Encontramos esta última na óval dilatada e nos bucles superiores e inferiores dilatados. A maior amplitude e extensão do traçado com respeito ao modelo caligráfico comporta dispersão de tempo e energia.
A oval dilatada colocada na área de racionalidade, atualmente está se tornando muito comum e fixando-se na escrita dos adolescentes, não apenas (a propósito, é interessante notar que, antes da Segunda Guerra Mundial, onde a principal preocupação era ainda encher seu prato todas as noites, as ovais eram quase todas apertadas, estreitas, apenas intuitivas, instintivas).
A superdilatação encontra-se nos bucles das letras b, f, h, l, referem-se ao mundo das ideias platônicas, são fugas da realidade de quem se desengancha do planeta terra, e, se o alongamento superior (Elevada) não é compensado por uma extensão igual  do alongamento inferior (Enraizada), se produz fantasiosidade improdutiva.
As subdilatações desenvolvem-se nos bucles da letra g, na área inferior onde se desenvolve o trinômio money, power, and sex; são por tanto fantasiosidade de onipotência cuja entidade é diretamente proporcional a sua amplitude, à extensão dos alongamentos inferiores e à pressão do perfil. Pode ser compensações a sentimentos de inferioridade se a escrita for muito pequena, delgada, larga entre letras, ou também pode ser o egotismo – e o egoísmo – se a escrita apresenta-se grande, pressionada, com largura entre letras estreita. As dilatações, as fantasiosidades podem ter um valor positivo se estiverem numericamente contidas, porque enriquecem a variabilidade, e se presentes em uma escrita Fluída, Antimodelo, Estética, integram-se com a fantasia. 
Nos momentos em que fantasiamos, quando não estamos pensando em nada particular, estamos mais abertos às intuições do inconsciente. É por isso que a fantasiosidade é tão útil na busca da criatividade. 8

O visionário

Quem tem confiança nos própios recursos (Fluida), é assertivo (boa pressão), tem traços de originalidade (personalizada) e sentido estético (estética), vê os problemas de diversos ângulos (variável), elabora estratégias incomum (combinada), capta a realidade do vôo (oval estreita),  o estuda (oval redonda), sobretudo medita (oval dilatado), o compara com o que é distinto de si mesmo (larga entre letras), avalia inserindo-o em uma visão prospectiva (larga entre palavras), se abre a outras dimensões  (ovais abertas), tem aspirações, iniciativa, é atraído para a novidade e mudança, tem um espírito competitivo saudável (Ascendente), é um visionário, enxerga mais além e é capaz de projetar tendências.
Ser criativo implica produzir qualquer inovação que seja útil ou responda a uma necessidade de compartilhar e que esteja de acordo com o público.
Isso exige a tradução da intuição em ato criativo: transformar a iluminação em realidade concreta de modo a torná-la um instrumento  útil, um bem social, logo, para acertar,  necessita  do sentido prático e operativo (Enraizada), ademais “o homem com uma ideia nova é um louco até que sua ideia não se faça realidade” . (Mark Twain)
 


O gênio

” O gênio é pouco mais do que a faculdade de perceber de uma maneira incomum.
William James

A raiz etimológico da palavra “gênio” é análoga ao verbo “gerar” (verbo latino gignere = gerar). O gênio é o que “gera”, o que cria uma nova vida.A pessoa intelectualmente dotada é competente em encontrar notáveis soluções para tudo de forma rápida e eficiente. Ela tem uma inteligência chamada convergente porque converge no sentido de soluções notáveis.

O gênio é altamente criativo, produz manifestações do pensamento novas, originais,  que ninguém tinha pensado antes. Ele tem uma inteligência divergente porque baseado  nas regras comuns, desenvolve e chega a soluções inéditas. 

A biografia de pessoas consideradas como universalmente gênios revelam, além de uma elevada auto-estima, inteligência elevada, aversão para os esquemas e dogmas tradicionais, ademais da amplitude de interesses, método e perseverança.

O gênio é uma pessoa particularmente dotada de uma forma específica de inteligência, tais como música, literatura, pintura, expressão corporal? Nesse caso daríamos razão para a uma teoria múltipla da inteligência (teoria de Howard Gardner). Ou o gênio é uma pessoa excepcional, superior aos outros em todas ou quase todas os aspectos superiores do funcionamento da mente? Neste último caso, daríamos razão a uma teoria unitária da inteligência.9

 

Pelo senso comum, o gênio tem suas próprias características: quando é brilhante, intuitivo, espontâneo, é “gênio em estado selvagem”. Se é calmo, sereno, perseverantes, é o “gênio laborioso”.  Ele pode também ser profundamente associal, com atitudes existenciais que tendem ao isolamento, ascetismo, a auto-exclusão. Para a maioria, o gênio é um ser curioso, original, em resumo, um louco.10

 

“O gênio é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração.”

Thomas Alvar Edison

“É impressionante notar a grande atitude ao trabalho e a perseverança da maioria dos genios criadores e dos seres excepcionais. […] Este tipo de auto-controle não pode ser alcançado a menos que justificado por uma vontade substancial interior, confirmando a energia do autor-criador. Michelangelo, Cocteau, Leonardo da Vinci, Beethoven, Flaubert ou o Valery foram maravilhosos artesãos das suas obras de gênios, vinculados a seu empenho como a uma missão divina que exige do seu autor uma dedicação absoluta além das energias mais íntimas  e ocultas do seu próprio ser”.11
Em resumo, podemos dizer que a genialidade é obtida pela combinação de habilidades intelectuais notáveis e características particulares da personalidade.

 

Marchesan reconhece essas características na escrita Movimentada, ou Fluida, com jogo LBDC (Ligada, Brincos, Divergente, Contorsionada) extremamente vital, Personalizada, Variável, Combinada, dinamicamente anárquica, grandeza flutuante e brincos inesperados, mas que mantém uma estética (se a perde a escrita é Agitada12), projeção de hiperativismo cinético e mental, quase incontrolável , uma variação onde há algo de desordem. […] Esta é uma qualidade psicológica que, no caso em que o sujeito se encontra engajado em uma atividade que é de composição, determina a fertilidade de ideias, iniciativas e realizações incomuns, de aspecto genial.13
Às vezes o movimento prevalece tanto sobre a forma que a tendência  anárquica leva a anarquia gerando traços de desordem, entropia, múltiplos estilos. (Desordenada).

 

Se a Desordenada é contida e apresenta sinais que alcançam um verdadeiro exame da realidade (ligada: controle do tecido conjuntivo,  das sinapses,  das ligações afetivas, Divergente: lucidez; Larga entre palavras: sentido de responsabilidade; Enraizada: ponto de ancoragem à realidade) ele traz consigo um traço “genialoide”. Nos confirma Sêneca: “não existiu jamais um gênio sem um pouco de loucura”; é o caso da escrita de Beethoven e Picasso. 

Ludwig Van Beethoven

Ludwig Van Beethoven
Assinatura de Ludwig Van Beethoven

 

Pablo Picasso

Pablo Picasso
Assinatura de Pablo Picasso

 


 

Método, perseverança e obstinação

O gênio nem sempre é desordenado; além disso tem auto-estima, habilidades cognitivas, espírito de inovação, capacidade de exploração, curiosidade e versatilidade, pode ser caracterizado  como um método, sentido de responsabilidade, capacidade de planejamento e uma compreensão clara dos objetivos que persegue (Precisa, Clara , Larga entre as palavras),  apego a própia atividade, perseverança, ou seja, a união de continuidade, constância e tenacidade (Reta: tensão consistante; Ligada: continuidade operativa; ovais angulosos na parte superior: determinação ideológica).
Não raramente, ao método e a perseverança se somam a obstinação, monomania, idealização, fixação, enfim, uma tendência a repetir de forma compulsiva pensamentos e ações, para investir e concentrar obsessivamente tempo e energia em determinadas questões e projetos (traço da fixação: r, s, v, z, colocadas sistematicamente mais elevadas que outras letras; Ovais infladas: ovais maiores que as outras letras; traço do “t” alto e ascendente, escrita excessivamente ascendente, tendência a repetição de signos não previstos no modelo. De toda forma é importante levar em consideração a extensão, frequência e pressão.
 

Albert Einstein

Albert Einstein
Assinatura de Albert Einstein

 

Thomas Edison

Thomas Edison
Assinatura de Thomas Edison

 
“O desafio da pobreza global, do sofrimento da guerra, a necessidade de energias alternativas, cada aspecto do nosso futuro depende das mentes criativas. É imperativo educar nossos filhos para desenvolver seu potencial criativo.”
Abby Connors


 

 

 

 

 Título original “CREATIVITÀ E GENIO” de autoria de ANTONELLO PIZZI  – AIPS – Itália.

Tradução para o português: Elisabeth Romar

Postado em 28 de março de 2012 em meu outro blog:

http://descobertavocacionaleprofissional.blogspot.com.br/2012/03/v-behaviorurldefaultvmlo.html