Como você reage aos conflitos pessoais e às adversidades naturais da vida?
Grafologia e os Mecanismos de Defesa – Parte 1
Os mecanismos de defesa são processos mentais automáticos, que são ativados fora do controle da vontade e cuja ação permanece inconsciente, para nos proteger de emoções e pensamentos negativos.
Os mecanismos de defesa são naturais e normais, eles que nos permitem superar as situações. Porém, quando se tornam desproporcionais, acabam desenvolvendo neuroses, como estados de ansiedade, fobias, obsessões ou histeria.
Qualquer ativação de um processo defensivo de rejeição ou neutralização envolve geralmente uma solicitação de energia vital que ao ser investida em atitudes defensivas, não pode ser aplicada a outros fins.
Descritos pela primeira vez por Sigmund Freud no século XIX em sua teoria psicanalítica, esses mecanismos protegem a mente consciente das contradições entre o id animalesco e o superego idealista, contribuindo, em última análise, para a “homeostase mental”.
No século XX, esses mecanismos de defesa foram mais claramente definidos e analisados por sua filha, Anna Freud que os definiu como “recursos inconscientes usados pelo ego” para diminuir o estresse interno em última análise.
De acordo com Freud, possuímos três estruturas funcionando em nossa mente: o Id, o Ego e o Superego. Elas atuam como vozes internas que nem sempre percebemos. Essas estruturas, de certa forma, nos conduzem em nossos pensamentos e atitudes.
- O ID constitui o reservatório de energia psíquica, abriga as necessidades básicas, impulsos e desejos. Atua como um centro de prazer hedonista cujo objetivo principal é satisfazer necessidades e impulsos básicos. É um “caldeirão efervescente” de energias instintivas intensas, não estruturadas. Localiza-se na zona inconsciente da mente, por isso não conhece a realidade objetiva, a “lei” ética e social, que nos prende perante a determinadas situações devido às pressões do mundo externo.
- O EGO é responsável por como reagimos, funcionamos e damos sentido ao mundo externo, é encarregado pelo contato do psiquismo com a realidade. O ego controla as demandas dos impulsos do id e é o lar de nossa consciência, mas no que diz respeito aos mecanismos de defesa, é inconsciente.
- O SUPEREGO é a morada dos valores morais e atitudes autocríticas organizadas em torno de imagens parentais internalizadas; abriga todas as regras que aprendemos ao longo da vida e as utiliza para controlar o ego. O superego também abriga as expectativas do ego: a maneira como devemos nos comportar e pensar.
Existem pelo menos quinze tipos de mecanismos de defesa conhecidos. Entre eles, podemos citar: negação, repressão, regressão, sublimação, projeção, racionalização, formação reativa, intelectualização. É um tema extenso, aconselho a quem tem interesse pesquisar em sites responsáveis, como o Google acadêmico e livros, sendo que recomendo “Mecanismos de defensa en el grafismo” de Claret López Maria Josep.
Escolhi alguns Mecanismo de Defesa para falar sobre os aspectos gráficos e nessa parte 1 comentarei sobre NEGAÇÃO.
NEGAÇÃO
A negação é um mecanismo de defesa proposto por Anna Freud que envolve uma recusa em aceitar a realidade, bloqueando assim os eventos externos da consciência.
Se uma situação é difícil demais para lidar, a pessoa pode responder recusando-se a percebê-la ou negando que ela exista, porque ao não reconhecer os fatos, fica protegida de um determinado estado do mundo e de suas consequências.
Como podemos imaginar, esta é uma defesa primitiva e perigosa – ninguém desconsidera a realidade e consegue fugir dela por muito tempo! A negação pode operar sozinha ou, mais comumente, em combinação com outros mecanismos mais sutis que a suportam.
Aspectos gráficos de acordo com Tutusaus:
Eixo vertical, palotes retos – rigidez mental;
Finais voltados para dentro = ocultação
Finais podados = silenciamento
Excesso de brancos = silêncios protetores
Suspensa = evasão da realidade
Hastes infladas = Fantasia que nega a realidade
Recoberta + Arcadas = repressão e negação
Texto escrito em 14 de março de 2023 por Elisabeth Romar.
Bibliografia:
Los mecanismos de defensa en la escritura – J. Tutusaus; Boletín número 28, Primer Semestre 2002
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/mecanismos-defesa.htm
https://positivepsychology.com/defense-mechanisms-in-psychology/
https://www.ilariabellavia.it/cosa-sono-i-meccanismi-di-difesa-2/
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