Olá,

Muitos telefonemas e e-mails
recebi sobre a entrevista realizada no programa da Ana Maria Braga no dia 27 de
junho de 2012,  com Roberto Goldkorn. 

 

O que ocorreu nessa reportagem, considero uma
grande falta de respeito não apenas a todos nós que buscamos aperfeiçoar a cada
dia mais nossos estudos e pesquisas na grafologia , mas   também  com
as pessoas que são submetidas a esse tipo de analise precária,  tendo
muitas vezes sua vida e toda a família prejudicada. São vidas e famílias que
estão em jogo nessas horas. Por isso lamento profundamente e  fico muito
triste com o que ocorreu. É de extrema importância lembrarmos sempre que do
outro lado da folha de papel escrita existe um ser humano.

Não podemos ficar calados! Calar é  compactuar  com  uma falsa
grafologia!

 

 

Segundo o artigo do Professor Jaime Tutusuas, da Espanha, no
ano de 1994:
Nenhum estudo grafológico deve ser feito se
o texto não está assinado e, da mesma maneira, nenhum estudo grafológico
deve ser realizado se a assinatura não vai acompanhada de um texto
manuscrito.
” (Charlotte Dugheyt). 
Ainda,  Rudolph S. Hearns em Self portraits in
Autographs diz: «As assinaturas só podem ser interpretadas adequadamente quando acompanhadas de um  texto manuscrito.»
A assinatura não poderá fornecer indicações completas sobre a
personalidade.
É sim um elemento de confirmação, correção ou contradição das
indicações fornecidas pelo o texto.

Em resumo, apoiamos a afirmação
do eminente grafólogo Crépieux-Jamin, “É
imprudente, na ausência de outros
documentos, comentar apenas a assinatura,
 já que sua extrema condensação obriga a controlar nossas observações. Ademais, a pessoa também pode ter evoluído mais que a assinatura”.

Abaixo,   cito alguns trechos do
excelente comentário que o  Professor e grafólogo
no Brasil, Paulo Sergio de Camargo,  colocou em seu blog :http://grafonautas.blogspot.com.br/.
Antes de tudo, devemos respeito para com todos os profissionais e as
críticas devem se restringir ao trabalho em si. 
As críticas devem ser focadas no objeto, no caso o “método de
grafologia” utilizado pelo Goldkorn.  
É impossível para o grafólogo observar organização espacial, gerenciamento
de tempo, visão sistêmica somente na assinatura. Aliás, grafólogos do mundo
inteiro não analisam assinaturas isoladas em termos de recrutamento e seleção
de pessoal.  Nos contatos que mantenho
com dezenas de grafólogos americanos, espanhóis, franceses etc.; isto é ponto
passivo.
Chico Pinheiro, escreveu em uma parede depois de um jantar e algumas taças
de vinhos, o que  é motivo para não se
realizar qualquer tipo de análise.
Doenças
Embora existam algumas correlações entre a escrita e algumas doenças,
grafólogo não faz diagnóstico, especialmente com um único instrumento, no caso
a grafologia. Isto é um tremendo erro, pode induzir a pessoa a comportamentos
espúrios. Quem assistiu a série House sabe que fica impossível realizar
qualquer avaliação médica por meio da escrita. 
O diagnóstico é privativo de médicos e especialistas.  
A legislação brasileira trata como crime realizar diagnósticos sem ser
médico.
Desde o nascimento da grafologia os grafólogos de ponta sempre condenaram a
avaliação pura e simples de uma assinatura. Embora ela possa trazer
informações, as mesmas só serão confirmadas em uma análise com o texto.  Autores com Jamin, Pulver, Klages, Vels,
Xandró, Viñals, Tutusaus e outros são categóricos nesta afirmação.
Lamberto Torbidoni, discípulo direto do Padre Girolamo Moretti, criador da
escola italiana de grafologia, em palestra na Sociedade Espanhola de
Grafologia, diz que a escola italiana não concede importância a assinatura,
pois tudo que precisa ser avaliado está no texto.
No livro escrito com outro discípulo de Moretti, Zanin; Torbidoni
praticamente ignora a assinatura. (Grafologia Texto Teórico Práctico. Ed.  Tantin)
Quanto as teorias apresentadas no programa, especialmente sobre as letras = 
Não conheço e nos livros que tenho as informações não fecham.
Em um dos e-mails que recebi: “Dizer para qualquer jornalista do porte do
Chico Pinheiro que ele é culto e sofisticado é chover no molhado”.
Final
Ao que consta o método apresentado tem muito pouco a ver com grafologia.
Como grafólogo sou totalmente contra este tipo de análise, que não deve ser
considerado grafologia. 
Abro espaço em meu blogg http://grafonautas.blogspot.com.br/  e no grupo Grafonauta para o que Roberto se
explique de modo consistente, evidente que sem os mistérios e fatos ocultos dos
primeiros e-mails que trocamos.