Falando um pouco das ovais e da letra “o”.
Existem quatro letras
no alfabeto que são formados por ovais. São as letras: a, d, g e o.
Os símbolos básicos
e primitivos que todas as culturas compartilham são: O Círculo, A Cruz e O
Quadrado. O círculo é uma das figuras geométricas principais, que contém rico
simbolismo, não tem início nem
fim. O círculo se fecha
sobre si mesmo e por isto representa a unidade, o absoluto, a perfeição. A letra “o” é um círculo.  
Segundo vários
dicionários a palavra círculo significa superfície plana, limitada por uma
circunferência. Matematicamente diz-se que o círculo é o conjunto dos pontos
internos de uma circunferência.
O círculo é
esférico, assim como os planetas, nossas células, átomos, o globo ocular e a
formação de círculos concêntricos quando jogamos uma pedrinha na água. Podemos
dizer então que o círculo está intimamente relacionado com o orgânico, com a
mais alta forma natural de vida.  
Quando
traçamos as ovais, desenhamos inconscientemente a síntese de nossa
personalidade.
Segundo Adolf
Nanot, “A oval é a imagem gráfica mais ingênua e simplificada que temos da
personalidade, e até certo ponto pode-se dizer que representa a cabeça. A
primeira interpretação gráfica que uma criança faz do homem é um grosseiro
círculo, que ela considera englobar toda figura humana.”
Para Vels, as ovais
representam simbolicamente a parte mais profunda do “eu” = a alma, a psique, em
sua totalidade.

 “A
dimensão das ovais é um signo importante porque se encontra na zona média e na
medida em que é traçada realiza um movimento que atravessa, por sua forma
redonda, todas as áreas importantes da psique: o passado, a intenção, o
presente, a área física, a espiritual, material, a área dos sentimentos, a área
de contato com o exterior, com os demais e assim por diante”.

A letra “o” divida
em duas partes
Segundo Nanot,
a letra “o” dividida em duas partes, por um traço que a cruza em sua
totalidade, assinala uma pessoa que luta entre duas tendências contraditórias.
Pessoa com dupla personalidade, que tem duas caras.
Vels em seu livro “Escrita e Personalidade” quando fala
sobre os duplos círculos, anéis e bucles nas ovais, diz que quando esses signos
aparecem em um ambiente gráfico
harmonioso refletem o desejo de agradar, a amabilidade no trato, a sedução nas
ações, a habilidade nas relações sociais, destreza manual e expressão verbal,
habilidade para negócios e o saber silenciar tudo aquilo que pode perturbar o
próximo e ofuscar o encanto pessoal.
Já na interpretação
negativa, Vels diz: “Reflete a capacidade de bajular e colocar os demais a
favor de intenções pessoais egoístas. O sujeito sabe silenciar a tempo com
insinuações que não mostram suas intenções abertamente. Gosto por rodear as
coisas com certo mistério (capacidade de intriga). Esta capacidade de enganar,
para fazer as coisas atraentes, para tirar partido do efeito psicológico que as
palavras produzem, é um reflexo de possessividade e falsidade. Indica também
narcisismo”.
Abertura na base das
ovais (Vels)
Fingimento, simulação, ficção, hipocrisia. Forma encoberta de falar. O pensamento é mascarado com a farsa, a comédia ou
dissimulação, como um meio de fugir da culpa ou intenções.
A camuflagem das intenções, neste caso, tem uma
finalidade defensiva ou egoísta, que a pessoa não quer confessar.
Ovais espetadas
As ovais espetadas,
chamadas em espanhol de pinchadas, são as ovais que possuem um traço
penetrante de forma aguda sobre o núcleo da letra, isto é, no seu interior.
“Segundo Vels,
se levarmos em conta que as ovais representam, simbolicamente, o eu mais
profundo, o fato de espetar a oval revela autocensura, autoreprovação ou
rejeição de pensamentos, intenções e atos que a consciência ou o ideal do
“eu”
não aprova. A pessoa
se sente culpada, descontente com si mesma em seu subsconsciente e seus
complexos de culpa inconscientes podem produzir uma espécie de masoquismo
psíquico.
Para Roseline
Crepy, “a letra “o” fala da vida prática diária, das relações com as
necessidades materiais e o problema metafísico
da consciência: “A letra “o” traçada de uma forma única, sistemática,
em uma mesma escrita, é um problema. Este sinal repetido, geralmente indica
certa pobreza de personalidade”.

Segundo Crépy, uma adaptação ideal requer pelo menos três tipos de “o”
em uma escrita: a primeira, espontânea,
possessiva e ativa; a segunda, capacidade de adaptação de acordo com as
circunstâncias, e a terceira, generosidade com o dinheiro.

Bibliografía:

– Diccionario de grafología y términos
psicológicos afines. Augusto Vels. Herder.
– Escritura y personalidad. Augusto Vels.
Herder.
– La Interpretación de la Letras del
Alfabeto en la escritura – Roseline Crepy – Ed. Lasra.
– La Grafologia, espejo de la personalidad
– Adolfo Nanot – Círculo de Lectores